sábado, 9 de maio de 2009

Portugal está aquém da meta das renováveis

Nem Portugal nem os 27 no seu conjunto devem conseguir atingir em 2010 o objectivo traçado pela União Europeia para as energias renováveis. Bruxelas repara no avanço, mas diz que não deve ser suficiente.O relatório para este ano avalia o progresso feito, até ao momento, sobre as quantidades de renováveis utilizadas quer na electricidade quer nos transportes.No ano que vem, 39% da electricidade consumida em Portugal deveria ser de origem verde. Para atingir tal objectivo, Portugal precisaria de aumentar a parcela das renováveis de 32,5% para 39%. No entanto, em 2006, apenas 31% tinham tal origem, o que quer dizer que o país não continuou o avanço antes alcançado (zero), assinala o relatório de progresso. A maior parte do esforço foi atingido, diz o documento, entre 2004 e 2006, altura em que se registou um crescendo de 2,6 pontos percentuais. "É de notar que a parcela de electricidade de origem renovável na Áustria, França, Letónia, Portugal, Roménia e Eslovénia foi inferior em 2006 do que no ano de referência", que no caso é 1997. "Por isso, estes países precisam de fazer mais para reverter a tendência negativa", refere o documento.Já para os transportes, Portugal está bem mais próximo dos objectivos programados. Em 2010, 5,75% do combustível consumido deve ser de origem biológica.Bruxelas queria que no ano que vem, 21% da energia consumida nos países da União fosse produzida a partir de fontes renováveis. Mas no ponto de situação que agora publica, admite que, muito provavelmente, a parcela das renováveis não deverá ultrapassar os 19%. No que respeita o combustível utilizado nos transportes, Bruxelas, pretendia que 5,75% fosse de origem ecológica, mas é possível que apenas 4% o sejam. Para o cômputo vale o biocombustível, o biodisel e o bioetanol. Em 2006, mais de metade dos países europeus estava aquém dos objectivos.As metas europeias para as renováveis fazem parte do plano maior da Comissão de reduzir as emissões de gases com efeito estufa e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, como o petróleo.
Por: Célia Marques AzevedoJN

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