domingo, 17 de janeiro de 2010

Portugal baixa eficiência energética


O consumo de electricidade em Portugal diminuiu em 2009, mas apesar disso o país teve menos eficiência energética. É esta a conclusão da Quercus, depois de uma análise aos dados do consumo de electricidade do ano que agora terminou.

«Entre os aspectos pertinentes da análise efectuada está o facto de o consumo de electricidade ter decrescido, mas a um ritmo mais lento do que o Produto Interno Bruto (PIB)», refere a Quercus em comunicado, citado pela Lusa.

Conforme explicam os ambientalistas, em resultado do abrandamento da actividade económica, o PIB deverá contrair-se na ordem dos 3% em 2009, relativamente a 2008, ao passo que o consumo de electricidade apenas se reduziu em 1,4%. A relação entre o consumo de electricidade e o PIB denomina-se por intensidade energética (neste caso limitada à electricidade) e é um indicador de eficiência.

«À excepção de 2007, Portugal não tem conseguido inverter esta tendência. Isto é, continua a precisar de mais electricidade para produzir uma unidade de riqueza».

No entender da Quercus, esta redução do consumo deveu-se a ao abrandamento da actividade económica, ao clima ameno que se verificou, a uma maior conservação de energia no sector doméstico e serviços devido à mudança de comportamentos e à maior eficiência energética dos novos equipamentos.

Relativamente às renováveis, a Quercus afirma que o valor real da percentagem de electricidade produzida a partir de fontes renováveis foi de 36,5%, por comparação com 27,8% em 2008. «Um aumento muito significativo», referem os ambientalistas.

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