sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Continuamos com a clara indefinição sobre as energias renováveis em Portugal. Estamos particularmente preocupados com o que nos tem chegado aos ouvidos, nomeadamente que a legislação da microgeração e minigeração, incluindo a de autoconsumo, são sairá para meados de 2013. A ser verdade, com o mercado já parado, a aguentar e adiar a falência, esta vai ser inevitável para a maioria das empresas, acresce que o valor de venda do KWh para o auto consumo, parece que está tão baixo que inviabiliza qualquer investimento. Ainda existe outra situação que é bastante preocupante, continua-se a proceder ai registo de produtores de microgerações e a pagar a taxa de 615€, no entanto já não existe COTA para 2012, desde Fevereiro e não se sabe se é que alguma vez estes interessados vão conseguir ter uma microgeração em sua casa, além de que se inscreveram sem saberem as condições de mercado, estarão sujeitos a vir a vender a sua energia, dentro de 3 ou 4 anos a um preço inferior á que compram, será caso para dizer, que de subsidiados, passam a financiadores! As empresas do sector, já há muito perceberam que o subsidiar da produção de energia, não seria o caminho, mas o sistema auto - consumo, como noutros países, poderia ser uma solução muito interessante, até pela quantidade de sol que temos, mas para que tudo fosse dentro duma lógica de mercado as condições financeiras teriam que ser apelativas. Esperava-se que a energia fosse vendida ao preço de compra, e auto consumo, baseava-se num gerador fotovoltaico, eólico, biomassa, cogeração ou outros, o consumidor consumia a energia produzida, sendo que o excesso de produção era vendido á rede, ao preço que ele compraria se a que estava a produzir não chega-se, por exemplo na fotovoltaica, de noite não temos produção. Pelo que se sabe, o valor da venda em cima da mesa, andará pouco acima dos 50% do custo médio de aquisição da energia, acresce que com este sistema, o custo de perdas nas linhas é diminuto o de manutenção também e até o de gestão, onde querem chegar? Paralelamente, o Sr. Ministro da Economia, em entrevista ao Expresso, afirmava que o auto consumo estaria para breve, mas para quando, em que condições, com que custos e encargos. Estamos apostados na MICRO COGERAÇÃO renovável, com esta tecnologia, aproveitar os gases de escape da industria, para produzir energia eléctrica e água quente, consegue-se Pay back inferior a dois anos, mas não podemos consumir o que produzimos que é muito mais barato do que a energia que compramos, mas não será assim que se aumenta a competitividade? A cogeração e micro cogeração foi regulamentada em Maio ( Portaria 140/2012) e revista este mês, estaria até final de Junho um portal na internet para dar inicio a novos processos de licenciamento, onde está? Em resumo pretendemos saber o seguinte: Nova legislação da microgeração e minigeração, para quando? Quais as alterações principais? Quais as taxas de bonificado que vão vigorar? Se é que vão existir. Qual a cota de potência para 2013, ou vamos aproveitar ao máximo os recursos naturais e até exportar energia? Para quando a nova legislação de AUTO CONSUMO de energias renováveis? Qual a taxa a que vão remunerar a energia excedentária que vai ser vendida? Quais as limitações técnicas para as instalações, se é metade da potência contratada? Quando é que vamos ter o QREN apoiar o tecido empresarial na eficiência energética, permitindo reduzir os custos energéticos, melhorando a competitividade e crescimento? Quando é que esta país tem uma gestão de futuro, proactiva, apostada no resultado?

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